A possibilidade de fracionar as doses de reforço dos imunizantes contra a Covid-19 será avaliada em um estudo conduzido pelo Instituto Sabin de Vacinas e pela Fiocruz de Mato Grosso do Sul.
Segundo o Instituto Sabin, há um abismo entre os países na vacinação de suas populações. A cobertura está pouco acima de 17% nos países de baixa renda, mas chega 72% naqueles de alta renda.
Para o estudo, o instituto recebeu R$ 32,7 milhões da Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para enfrentamento de Epidemias, uma organização internacional que financia projetos de pesquisa com vistas à produção de imunizantes.
Cerca de 1.440 pessoas participarão da pesquisa no Brasil e no Paquistão, recebendo vacinas da Pfizer, AstraZeneca e Coronavac, sendo acompanhadas por seis meses.
Entre as razões para a escolha de Brasil e Paquistão estão as vacinas aplicadas nesses dois países, a disponibilidade de pacientes que ainda não tomaram a dose de reforço e parcerias sólidas no campo científico.
Será feita uma busca ativa de pessoas que ainda não receberam o reforço contra a Covid, especialmente nas áreas com menor cobertura vacinal. As visitas domiciliares poderão ocorrer inclusive nos finais de semana para atingir aqueles que não puderam se vacinar por dificuldade de o ou mesmo desinformação.
A pesquisa deverá mostrar se doses menores de imunizante podem oferecer a mesma resposta imunológica e com reações adversas menores. Isso possibilitaria multiplicar a oferta de vacinas, principalmente nos países mais pobres, e orientar novas estratégias de imunização.





