A quarta geração de trens que atravessa os trilhos da Estrada de Ferro do Corcovado, levando cariocas e visitantes para uma das Sete Maravilhas do Mundo, o Cristo Redentor, começou a operar no Rio de Janeiro. Pioneira em diversos momentos da história ferroviária brasileira, a linha inaugurada pelo imperador Pedro II comemora 135 anos nesta quarta-feira (9), aumentando sua capacidade par 600 ageiros por hora, o dobro da atual.
As negociações para a compra das três modernas composições começaram há 12 anos, junto a uma empresa suíça. A novidade exigiu investimentos de cerca de R$200 milhões da concessionária Trem do Corcovado.
O país europeu fabricou todas as quatro gerações que operaram na estrada de ferro. As novas possuem teto panorâmico e espaço destinado a bicicletas e cadeiras de rodas.
Segundo o presidente da concessionária, Sávio Neves, os trens foram produzidos sob medida para os 3,8 mil metros da Estrada de Ferro.
Apesar do aumento da velocidade máxima, as composições continuarão a fazer o eio em 20 minutos, para manter "o ar bucólico" da subida em meio à Mata Atlântica do Parque Nacional da Tijuca.
O aumento da capacidade também não significa que haverá duas vezes mais lotação no Cristo Redentor, como explica Sávio Neves.
Os primeiros trens do Corcovado, que começaram a funcionar em 1884, inuguraram a modalidade de estrada de ferro turística, ainda inédita no Brasil. Já a segunda geração, que começou a operar em 1910, trouxe como novidade o serviço de trens elétricos do país e contribuiu na construção do Cristo Redentor, entre 1922 e 1931.
A terceira geração, que funciona há 40 anos, chegou a transportar uma média de 800 mil ageiros por ano. Os trenzinhos do Corcovado estão ligados à história do Rio e se transformaram em eio obrigatório para todos os turistas.





