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Direitos Humanos

Campanha pede “Fim de jogo para o racismo”

Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 14/05/2014 - 21:49
Brasília

A Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados lançou hoje (14) a campanha "Fim de jogo para o racismo". O objetivo é conscientizar profissionais, jogadores e a sociedade, em geral, e coibir a prática do racismo em eventos esportivos. 

A campanha adverte ainda o racismo é crime inafiançável. De acordo com a legislação, a reclusão é de um a três anos, mais multa, para quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência. O material será divulgado na internet e demais veículos de comunicação da Câmara, e também será disponibilizado para as TVs e rádios legislativas e emissoras privadas.

Além da Comissão de Esporte, o racismo é tema da Comissão Externa de Combate ao Racismo da Câmara, grupo que, no último dia (30), aprovou a realização de diligências nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e São Paulo, nos quais vai investigar a prática de racismo no futebol.

O requerimento dos deputados Eurico Júnior (PV-RJ) e Benedita da Silva (PT-RJ) pede a investigação de denúncias envolvendo três episódios de discriminação, nos quais os jogadores Tinga, do Cruzeiro, e Arouca, do Santos, bem como o juiz Márcio Chagas foram chamados de macaco durante as partidas.

Além desses casos, a comissão vai investigar a prisão do ator Vinicius Romão de Souza, que permaneceu mais de 15 dias detido por ter sido acusado de ter assaltado uma mulher. A morte da auxiliar de serviços gerais Cláudia da Silva Ferreira, baleada durante uma operação no Morro da Congonha, em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro, no dia 16 de março, também deve ser analisada. Cláudia foi arrastada por cerca de 250 metros, após cair de uma viatura policial que prestava socorro a ela.