Nesse fim de semana, a pandemia do coronavírus superou duas marcas históricas no Brasil: a de 3 milhões de contaminados e a de 100 mil mortos pela Covid-19.
O boletim epidemiológico semanal, divulgado pelo Ministério da Saúde, indica que o Brasil teve redução de mortes e novos casos da Covid-19. Mas duas das cinco regiões do país estão na contramão e apresentam aceleração tanto nos casos notificados quanto nas mortes provocadas pelo coronavírus. São as regiões Centro-Oeste e Sul, que notificaram 43 mil casos no período de uma semana. Os dados são do boletim mais recente, com as notificações do dia 26 de julho a 1º de agosto.
No Centro-Oeste, foram exatamente 43 mil registros, com 743 casos novos a mais que na semana anterior. Foi o número mais alto para uma semana, mas a tendência é de estabilidade, porque a quantidade de notificações tem aumentado cada vez mais devagar. No mesmo período, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal tiveram, juntos, 903 mortes causadas pelo coronavírus. Também é o maior número para uma semana e as mortes estão em aceleração no Centro-Oeste.
Também de 26 de julho a 1º de agosto, a região Sul teve 43.264 casos confirmados de Covid-19. Foram 4.100 a mais que na semana anterior, em um novo recorde histórico. Naquela semana, a região teve 989 mortes, 101 a mais que na anterior. A região Sul é a única no país que tem a quantidade de casos novos e de mortes em aceleração. O Rio Grande do Sul é o único dos três estados da região em que a curva de contaminação indica redução, mas mantém a maior quantidade de mortes.
Na divulgação do boletim semanal, o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Medeiros, atribuiu esse aumento no Sul e no Centro-Oeste do país à época do ano. Nas duas regiões, o inverno costuma ser mais rigoroso.
Na região Norte, o ministério registrou 28.205 casos novos, no mesmo patamar verificado em maio, e 356 mortes - índice semelhante ao verificado em meados de abril. No Nordeste do país, foram 88.030 novos registros da Covid-19. Apesar da queda, é o terceiro maior índice da série histórica que começou em março (1.762 mortes) e vem reduzindo lentamente desde o fim do mês de junho.
Enquanto isso, o Sudeste teve 110.865 casos, em queda, mas ainda com o segundo maior número para uma semana, e 3.104 mortes. Na região, a quantidade semanal de vítimas da Covid-19 vem se mantendo estável desde o fim de junho.
Na média, do dia 26 de julho até 1º de agosto, o Brasil teve queda de 2% nos novos casos da doença, e reduziu em 7% as mortes semanais, na comparação com a semana epidemiológica anterior. Mas o Ministério da Saúde ainda considera os índices muito altos.





