Procurador pode perder função pública e pagar R$ 4 mi por suposta ajuda a J&F
O procurador da República Ângelo Goulart e o advogado Willer Tomaz poderão ter que pagar R$ 4 milhões aos cofres públicos, por supostamente favorecerem empresas de Joesley Batista.
Eles são réus da ação civil por improbidade istrativa que o Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal ingressou na Justiça Federal, nessa quinta-feira (10).
O procurador Ângelo Goulart também poderá perder a função pública. Ele e o advogado Willer Tomaz, se condenados, ainda serão proibidos de firmar contrato com o governo federal.
Segundo o Ministério Público, as investigações revelaram que o procurador Ângelo Goulart atuou para atrapalhar a Operação Greenfield, que apura suspeitas de irregularidades em quatro dos maiores fundos de pensão do país. Ele teria vendido informações sigilosas para o grupo J&F, pertencente a Joesley Batista.
Ângelo teria recebido uma mesada de R$ 50 mil e também um percentual sobre a redução na multa estipulada no acordo de leniência das empresas de Joesley, que estava sendo negociado. Já o advogado Willer pode ter recebido R$ 4 milhões de reais de Joesley Batista para fazer o intermédio entre o procurador e o empresário.
Ângelo Goulart e Willer foram presos, em maio, devido às investigações envolvendo a delação de Joesley. Mas, em 1º de agosto, foram soltos por decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
* Post alterado às 15h33 de 11/08/17 para inclusão de matéria consolidada.





