O Ministério Público do Estado do Rio denunciou o vereador do Rio Gilberto de Oliveira Lima, conhecido como “Dr. Gilberto”, do PMN e o vereador de Itaguaí, na região metropolitana do Rio, Roberto Lúcio Guimarães, o “Robertinho”, do PMDB, por contratação de funcionários fantasmas.
Dr Gilberto já está preso, ele foi detido no último dia oito de agosto, em operação conjunta da Polícia Civil e Ministério Público, acusado de comandar organização criminosa que atuava no Instituto Médico Legal de Campo Grande no esquema que ficou conhecido como “máfia dos papa-defuntos”.
Nesta nova ação, ele é acusado de causar mais de R$ 140 mil de prejuízo aos cofres públicos ao nomear duas funcionárias fantasmas, o que servia também ao pagamento de cabos eleitorais.
Uma das denunciadas, Sandra da Silva, segundo as investigações, jamais trabalhou na Câmara e dava aulas de artesanato em sua residência para pessoas encaminhadas a ela pela associação de moradores da Praça Granito, em Anchieta, na zona norte do Rio.
A outra denunciada, Ana Luzia da Silva Pereira, também foi nomeada para cargo comissionado no gabinete do vereador, mas nunca trabalhou na Câmara. O Ministério Público também requereu à Justiça o sequestro de bens e o bloqueio de contas do vereador “Dr. Gilberto”.
Já o vereador de Itaguaí “Robertinho” foi denunciado pelo crime de peculato pela nomeação de Luiza Martins Noronha Barbosa para supostamente exercer a função de assessora em seu gabinete.
No entanto, ela realizava serviços de empregada doméstica na residência do vereador e nunca teria trabalhado na Câmara. Os valores referentes ao salário dela, cerca de R$ 62 mil , nunca foram entregues durante dezoito meses.
A defesa do vereador Dr Gilberto não foi localizada para comentar a nova denúncia. A reportagem entrou em contato também com o gabinete do vereador Robertinho, em Itaguaí. Por telefone, uma secretária que se identificou como Joana disse que o vereador não se encontrava na casa e que tentaria localizá-lo para responder sobre a denúncia.
Ela adiantou, no entanto, que não conhece Luiza Barbosa, a funcionária nomeada como assessora mas que segundo o Ministério Público trabalha como empregada doméstica para o vereador. A secretária confirmou que Luiza não trabalha no gabinete.
Até o fechamento desta reportagem não houve resposta do vereador Robertinho.





