A Delegacia de Homicídios da capital fluminense continua nesta quinta-feira os depoimentos no inquérito que apura o assassinato do congolês Moïse Kabagambe, ocorrido no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, há 10 dias. O dono do quiosque Biruta, que fica ao lado do Tropicália, e que é policial militar, está entre os que serão ouvidos.
No final da madrugada desta quinta, o movimento social Levante Popular da Juventude fez um protesto na Avenida Lúcio Costa, em frente ao quiosque Tropicália. Vestindo camisetas pretas e carregando faixas e cartazes pedindo justiça, os jovens interditaram os dois sentidos da avenida e atearam fogo em pneus e outros objetos.
O protesto durou cerca de 15 minutos e foi acompanhado de perto pela Polícia Militar.
Os três presos pela morte de Moïse foram levados na tarde desta quarta-feira para o presídio José Frederico Marques, em Benfica, após decisão judicial, que acolheu a denúncia do Ministério Público por homicídio duplamente qualificado.
Também na tarde desta quarta-feira, a família do congolês prestou depoimento por quase cinco horas, mas o conteúdo não foi divulgado pela polícia.
Está marcado para o próximo sábado, dia 5, um ato de protesto em frente ao quiosque Tropicália, reunindo diversas organizações de defesa da causa negra e dos direitos humanos.
Moïse, de 24 anos, foi agredido a pauladas até a morte, e ainda amarrado, na noite do dia 24 de janeiro, quando teria ido cobrar o pagamento por dias trabalhados no quiosque.





