O fogo voltou a atingir parte da Terra Indígena Arariboia, no sudoeste do Maranhão. Localizada em uma área de transição do Cerrado para a Floresta Amazônica, extremamente vulnerável a incêndios, a reserva de 413 mil hectares vem registrando focos de incêndios quase diários ao longo dos últimos meses.
Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), cerca de 12 mil indígenas das etnias Guajajara e Awá-Guajá vivem na área, muitos em situação de isolamento voluntário.
Segundo o coordenador do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo), Gabriel Zacharias, as chamas dos últimos dias preocupam as autoridades ambientais, que já avaliam a necessidade de uma aeronave sobrevoar a área para se certificar da real dimensão do problema.
O monitoramento por satélite dos focos de calor indica que algumas informações preliminares fornecidas ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou que correm boca a boca são exageradas.
“Faz dois ou três dias, a Terra Indígena Arariboia voltou a ter uma linha de fogo que os brigadistas já estão combatendo. Estamos com 40 pessoas na área, mas é importante esclarecer que, nos últimos meses, não houve um só momento em que não houvesse um incêndio florestal no interior da terra indígena”, disse Zacharias à Agência Brasil.




