Caixas de leite, garrafas pet, latões de tinta, galões de água mineral… esses são exemplos de materiais que, geralmente, são descartados no lixo após o uso e que demoram anos para se decompor na natureza.
Mas, para os moradores da Rocinha, comunidade da zona sul do Rio de Janeiro, o que seria lixo na verdade é matéria-prima para a confecção de roupas e órios e instrumentos musicais.
O projeto De Olho no Lixo mapeia os locais com focos de lixo na comunidade, recolhe o material e o utiliza em oficinas de música e moda.
Durante o mês de fevereiro, os participantes da oficina de Funk Verde aproveitam o carnaval para aprender percussão e teoria musical de ritmos bem conhecidos dos foliões, como aponta a musicista e coordenadora da oficina, Regina Café.
Na ecomoda, as sobras de materiais das escolas de samba se transformam em máscaras e fantasias, como destaca o estilista Almir França:
A ideia, segundo França, é reaproveitar o material, como retalhos de tecidos, garrafas pet e latinhas, para a produção de roupas e órios. O saco plástico, por exemplo, vira linha para crochê.
Os materiais recolhidos nas ruas da Rocinha também viram instrumentos musicais, como exemplifica Regina Café.
Nos últimos 11 meses, de acordo com Secretaria de Estado do Ambiente, uma das parceiras do projeto, os 30 agentes socioambientais do De Olho do Lixo recolheram 427 toneladas de lixo em áreas da comunidade como Roupa Suja, Lajão e praia de São Conrado.





