A Polícia Federal indiciou, nessa segunda-feira (20), o presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Bahia, e mais sete investigados na Operação Lava Jato. Eles vão responder pelos crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro praticados em contratos para compra de sondas de perfuração da Petrobras. Entre os indiciados, cinco são ligados à empreiteira e estão presos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, desde o mês ado.
A Polícia Federal, no domingo (19), também indiciou o presidente da empresa Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, o ex-presidente Rogério Nora de Sá e os executivos da empreiteira Elton Negrão de Azevedo Júnior, Paulo Roberto Dalmazzo, Flávio Magalhães e Antônio Pedro Campello. Todos são acusados por lavagem de dinheiro, corrupção ativa, fraude em licitação e crime contra a ordem tributária.
Segundo o relatório da Polícia Federal encaminhado à Justiça, planilhas apreendidas mostram que as empresas que participavam do cartel de empreiteiras teriam combinado o resultado de licitações de obras, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O acordo teria sido feito quatro meses antes da abertura das propostas da licitação.
A Andrade Gutierrez informou, em nota, que não tem qualquer relação com os investigados na Lava Jato e que não há provas para justificar a prisão e os indiciamentos. A construtora também disse que está colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos rapidamente.
*A Odebrecht, por meio de nota, informou: "Embora sem fundamento sólido, o indiciamento já era esperado. As defesas de Marcelo Odebrecht, Marcio Faria, Rogerio Araújo, Alexandrino Alencar e Cesar Rocha aguardarão a oportunidade de exercer plenamente o contraditório e o direito de defesa".





