O ministro da Defesa, Raul Jungmann, comentou nesta sexta-feira a intenção da empresa brasileira Embraer e da norte-americana Boeing de fundirem seus negócios. A fusão deve ficar sujeita a aprovação do governo, das agências reguladoras do Brasil, e também dos conselhos e acionistas da Embraer.
A empresa é responsável pela fabricação do avião Super Tucano, desenvolvido especialmente para atender a Amazônia, além de outros equipamentos fundamentais para a soberania brasileira, na opinião do ministro.
Jungmann disse que o tema está no centro das preocupações do governo e que preservando o controle acionário no Brasil, as demais negociações serão bem-vindas. Na quinta-feira, o jornal norte-americano The Wall Street Journal publicou a notícia que a Boeing estaria negociando a compra da empresa brasileira.
Em seguida, um comunicado das empresas em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos confirmou a intenção de combinar os negócios. A possibilidade da venda da empresa brasileira foi repudiada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, em São Paulo.
Para a entidade, que representa os trabalhadores da companhia, a Embraer é estratégica para o país e não pode ser vendida para capital estrangeiro. Segundo o sindicato, ela emprega hoje cerca de 16 mil trabalhadores brasileiros e já vinha adotando uma política de desnacionalização da produção. Depois da notícia, as ações da Embraer na bolsa de valores subiram mais de vinte por cento.





