Governo de Roraima diz que pedido de intervenção federal nos presídios não se justifica
O governo de Roraima classificou como “medida extrema que não se justifica” a solicitação de intervenção federal feita pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
O governo disse em nota que ainda não foi notificado sobre o pedido de intervenção, mas ressaltou que os problemas do sistema prisional e socioeducativo em Roraima estão sendo equacionados e superados em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional.
Nessa quarta-feira, Raquel Dodge encaminhou documento ao presidente Michel Temer, onde descreve diversos problemas constatados nos presídios locais e destaca que a situação está à beira de um colapso.
Segundo a procuradora, interrupção do pagamento de contratos de prestação de serviços prisionais e socioeducativos; falta de pagamento de pessoal; tortura; chacinas e fugas de internos são algumas das adversidades observadas.
Ao justificar a urgência, a PGR destaca que devido à desordem, facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) disputam o controle das penitenciárias.
A proposta é que o interventor tenha poderes de gestão sobre o aparato de segurança pública e dos sistemas penitenciário e socioeducativo do estado. Procurados, nem a Secretaria de Comunicação da Presidência nem o Ministério da Segurança responderam se Michel Temer já recebeu o documento com a solicitação.





