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Política

Análise de destaques da reforma da Previdência fica para terça-feira

Débora Brito – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 04/05/2017 - 12:13
Brasília
Brasília - O relator, deputado Arthur Maia, durante sessão da comissão especial da reforma da Previdência Social para votar  parecer (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da comissão especial que analisa a reforma da Previdência na câmara, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), disse hoje (4) que retomará os trabalhos da comissão na próxima terça-feira (9). Segundo Marun, todos os destaques devem ser votados na própria terça. A comissão ainda precisa avaliar dez dos 13 destaques apresentados pelas bancadas.

Ontem (3), a comissão aprovou o texto-base da reforma e, em seguida, começou a analisar os destaques da proposta. No entanto, o plenário foi invadido por um grupo de agentes penintenciários e a sessão foi encerrada. Os agentes queriam que a categoria fosse incluída no grupo de aposentadoria especial para policiais, com limite de idade reduzido para 55 anos. Os membros da comissão, no entanto, retiraram  essa possibilidade.

Brasília - Deputados aprovam parecer da Reforma da Previdência Social, por 23 votos a 14, na comissão especial (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Deputados aprovam texto-base da Reforma da Previdência Social, por 23 votos a 14, na comissão especialFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Os agentes pleiteiam o direito de o ao benefício da aposentadoria com limite de idade reduzido assim como foi feito com os policiais federais e, posteriormente, com policiais legislativos que trabalham no Congresso Nacional.

Para Marun, a reivindicação é justa, dado o alto grau de risco a que estão submetidos os agentes penitenciários em sua rotina de trabalho. Mas, a forma como foi feito o pedido foi determinante para a exclusão dos agentes da reforma.

“Ontem houve um debate que, estava sendo ada à sociedade uma mensagem de que o quebra-quebra promovido no Ministério da Justiça teria sido determinante para a inclusão dos agentes. Então, a mensagem que amos é: na marra não vai. Não é possível. A liberdade do voto do parlamentar é condição imprescindível para a própria existência do Estado de Direito e da democracia”, afirmou.

Marun disse ainda que acha possível que o pleito seja atendido por emenda no plenário. “Se as coisas se acalmarem, até porque acho o pleito justo, eu vejo caminho para que isso possa, no plenário, ter um resultado favorável. Mas  repito: na marra não vai”, ressaltou.

Sobre a segurança do Congresso, Marun afirmou que o esquema deve ser avaliado e que os trabalhos da comissão teriam sido concluídos se o esquema tivesse realmente funcionado.