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Política

Lava Jato: Bumlai volta para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba

Em março deste ano, o pecuarista teve permissão para cumprir detenção
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 06/09/2016 - 11:10
Brasília
Brasília - O pecuarista José Carlos Bumlai, depõe na I do BNDES (Valter Campanato/Agência Brasil)
© Valter Campanato/Agência Brasil
Brasília - O pecuarista José Carlos Bumlai, depõe na I do BNDES (Valter Campanato/Agência Brasil)

José Carlos Bumlai retornou para a carceragem da Polícia Federal, em CuritibaValter Campanato/Agência Brasil

O pecuarista José Carlos Bumlai voltou na manhã de hoje (6) para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, por determinação do juiz Sergio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato.

Bumlai é investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e teve a prisão preventiva decretada em novembro de 2015, na Operação e Livre, 21ª fase da Lava Jato. Em março deste ano, ele teve permissão para cumprir detenção domiciliar, por causa do tratamento de um câncer.

Moro ordenou que ele se reapresentasse à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, alegando que os atestados apresentados para justificar a prisão domiciliar são vagos e não trazem previsão de alta.

O magistrado levou em consideração também indícios de que Bumlai “auxiliou terceiros a subornar criminoso a fim de evitar que esse celebrasse acordo de colaboração premiada”.

Empréstimo de R$ 12 milhões

Bumlai, que é apontado pelos investigadores como amigo pessoal do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, é suspeito de ter contraído um empréstimo de R$ 12 milhões junto ao Banco Schahin com o objetivo de financiar gastos do PT.

Posteriormente, o Grupo Schahin firmou um contrato de US$ 1,6 bilhão com a Petrobras para a operação de um navio sonda. A força-tarefa da Lava Jato suspeita que o negócio tenha sido uma compensação para que não fosse cobrada a dívida assumida por Bumlai, que nunca pagou o empréstimo.