Eleição na Câmara deve "restabelecer respeitabilidade", diz Moreira Franco


O secretário executivo do Programa de Parcerias
de Investimentos, Moreira Franco
O secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), ministro Moreira Franco, afirmou hoje (13) que a eleição para um mandato tampão na presidência da Câmara dos Deputados deve ter como um dos objetivos "limpar a imagem da Casa" e colocá-la no mesmo patamar de confiança de outras instituições públicas no país.
De acordo com Moreira, a expectativa é chegar a um nome capaz de agregar o maior número possível "de companheiros, de deputados, para dar consistência ao curto mandato [pouco mais de seis meses] e com objetivo exclusivo de restabelecer a respeitabilidade da Câmara" junto à população.
"Precisamos que as instituições políticas tenham o mesmo respeito que outras instituições estão construindo, como o Judiciário e o Ministério Público. [É] importante que o Poder Legislativo se iguale a esse patamar", afirmou o ministro.
Ele falou à imprensa ao chegar à Fundação Getulio Vargas, para uma palestra sobre os planos do governo interino para privatizações e concessões. Antes da palestra, ele disse aos jornalistas que as novas concessões e privatizações em discussão pelo governo serão feitas "com calma", para estimular a concorrência.
Com o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de suas funções legislativas e da presidência da Câmara, a Casa vem sendo comandada interinamente pelo deputado Waldir Maranhão (PP-MA). O afastamento de Cunha foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte entendeu que Cunha tentou atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e do próprio processo de cassação de seu mandato. Acusado de quebra de decoro parlamentar, por ter mentido na I da Petrobras, Cunha foi processado no Conselho de Ética da Câmara, que pediu a cassação.
Apesar do alto número de candidatos à presidência da Câmara (17), Moreira Franco disse que o cenário reflete a ausência de intervenção do presidente interino Michel Temer na disputa. A própria escolha de nomes pelo PMDB, partido de Temer, mostra que não houve interferência do governo. A eleição está marcada para as 16h desta quarta-feira.