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Política

Congresso muda votação de vetos da cédula de papel para a eletrônica

Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 11/03/2015 - 14:29
Brasília

Um acordo entre governo e oposição resultou na aprovação do Projeto de Resolução (PRN) 1/15, que altera a forma de apreciação dos vetos presidenciais, para a sessão de hoje (11) do Congresso Nacional. Na sessão, serão apreciados nove vetos da presidenta Dilma Rousseff.  A partir de agora, o processo será feito eletronicamente, e não mais por meio de cédulas de papel.

A resolução foi promulgada imediatamente pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele disse que a votação eletrônica dos vetos já será usada na sessão de hoje. Com isso, será possível apresentar destaques para votação em separado de vetos, a requerimento de líderes. O número de pedidos de destaque deverá variar conforme o tamanho das bancadas dos partidos, podendo ir de um a quatro (para grupos de deputados e de senadores, separadamente). Renan informou que pretende convocar sessão extraordinária do Congresso, às 18h, para tentar votar o Orçamento de 2015.

Caso a pauta da sessão do Congresso seja extensa – mais de oito projetos ou 80 vetos para análise dos parlamentares – o número de destaques por grupo de parlamentares dobrará. Após a promulgação da resolução, os parlamentares aram a analisar os nove vetos presidenciais que constam na pauta, de números 31 a 34 e 36, de 2014, e 1 a 4, de 2015, que correspondem a cinco projetos rejeitados pela Presidência da República de maneira integral e a quatro de maneira parcial, totalizando 316 itens para exame.

Entre os vetos, estão o do reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física; do Projeto de Lei 3.338/08, que fixa a carga horária máxima de trabalho do psicólogo em 30 horas semanais, proibindo ainda a redução de salário; do Projeto de Lei 8.072/10, que reduzia a contribuição previdenciária para patrões e empregados domésticos, dos atuais 12% para 6%.

A presidenta Dilma Rousseff também vetou texto que ampliava o rol de metas e prioridades do governo neste ano, que permaneceu apenas com o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e o Programa Brasil sem Miséria. O Executivo argumenta que a medida “desorganizaria os esforços do governo para melhorar a execução, monitoramento e controle de suas prioridades já listadas, afetando, inclusive, o contexto fiscal que o País enfrenta”.