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Justiça

Caso Odebrecht: PGR pede mais 60 dias para investigar Eunício e Maia

Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 09/05/2018 - 17:32
Brasília
Brasília - Presidente da República em exercício, deputado Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, Eunício Oliveira, durante  da ordem de serviço para a retomada de obras do São Francisco (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 60 dias de prazo para concluir as investigações contra os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), motivadas por delações da empresa Odebrecht.

São investigados no mesmo caso os senadores Romero Jucá (MDB-RR) e Renan Calheiros (MDB-AL), bem como o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), que se tornou réu ontem (8) no STF em decorrência de outro caso.

O ex-presidente-executivo da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros cinco executivos da empresa relataram o pagamento de mais de R$ 7 milhões aos parlamentares para que duas medidas provisórias favoráveis à empresa fossem aprovadas no Congresso.

O prazo para o fim das investigações da Polícia Federal (PF) já foi prorrogado por igual período, mas os delegados responsáveis voltaram a solicitar mais tempo, o que foi agora reforçado pela procuradora-geral da República.

Na petição encaminhada nesta semana ao relator do caso, ministro Edson Fachin, Dodge citou investigações "pendentes" da PF, destacando que ados os últimos 60 dias, nenhuma das diligências previstas foi cumprida pelos delegados, entre elas a oitiva como testemunha de Carlos Parente, executivo da Braskem, uma subsidiária da Odebrecht.

Nos últimos dois meses, também não foram feitas perícias nos sistemas de comunicação e contabilidade paralela da Odebrecht, chamados Drousys e Mywebdayb, conforme previstas, destacou a PGR.  "Assim, a Procuradora-Geral da República requer a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito", escreveu Dodge, "considerada a existência de diligências pendentes e necessárias".

*Matéria alterada às 13h55 do dia 10/5 para correção de informação. Diferentemente do informado, Carlos Parente é executivo da Braskem e não ex-executivo.