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Internacional

Venezuela corta cinco zeros das notas de dinheiro e lança pacote

Agência Brasil*
Publicado em 20/08/2018 - 07:40
Brasília

Com uma inflação estimada em 1.000.000% neste ano pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lança hoje (20) um pacote de medidas que inclui o chamado "Madurazo", que é  corte de cinco zeros da moeda local, que se chamará bolívar soberano.

Porém, o governo define o atual momento de “ponto de reflexão”. "Vamos desmontar a perversa guerra do capitalismo neoliberal”, afirmou o presidente.

Segundo as autoridades da Venezuela, haverá um novo redesenho da política fiscal e tributária do país, incluindo subsídios para a gasolina, reajustada em quatro pontos percentuais, e a definição de câmbio único, que flutuará de acordo com as definições do Banco Central Venezuelano.

Novas notas

Nova moeda venezuelana, o bolívar soberano, entrou em circulação ontem, com cinco zeros a menos que a moeda anterior
Nova moeda venezuelana, o bolívar soberano, entrou em circulação ontem, com cinco zeros a menos que a moeda anterior - Agência EFE/Miguel Gutierrez/direitos reservados

A nova moeda venezuelana, cujo símbolo é Bs.S., tem cinco zeros a menos em comparação ao bolívar, que coexistirá para operações bancárias menores.

As novas notas de Bolívar soberano são de 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500 já estão nos bancos e serão colocadas em circulação ainda nesta segunda-feira. Os símbolos das notas têm referência ao petróleo, pois a Venezuela tem grandes reservas.

Dona das maiores reservas mundiais de petróleo, a Venezuela observa o encolhimento da sua economia.

De 1913 até este ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do país foi reduzido pela metade, segundo o FMI, que prevê uma inflação superior a 13.000% em 2018 e um índice de desemprego de 36% até 2022.

Superar a grave crise econômica, social e política será o maior desafio de Maduro. O que se a na Venezuela também preocupa os países vizinhos, que estão enfrentando uma crise humanitária na região, pois eles não têm estrutura para absorver os milhares de venezuelanos que fogem da hiperinflação e do desabastecimento.

*Com informações da Telesur, emissora pública de televisão da Venezuela.