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Justiça converte flagrantes em prisões preventivas no caso Marielle

Vinícius Lisboa - repórter da Agência Brasil
Publicado em 14/03/2019 - 18:03
Rio de Janeiro
Ronnie Lessa, suspeito do assassinato da vereadora Marielle Franco, é escoltada por um policial quando ele deixa o departamento de homicídios para prestar depoimento na justiça Rio de Janeiro.
© REUTERS / Lucas Landau /Direitos reservados

Em audiências de custódia realizadas na tarde de hoje (14), a Justiça converteu em prisões preventivas as prisões em flagrante de Elcio Vieira de Queiroz, Ronnie Lessa e Alexandre Mota por porte e posse de arma de fogo de uso . Depois da audiência de custódia, Elcio e Ronnie foram levados de volta para a delegacia de homicidios da capital.

Queiroz e Lessa foram presos preventivamente na última terça-feira (12) sob suspeita de serem os assassinos da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além de terem cometido tentativa de homicídio contra a assessora Fernanda Chavez, que estava no carro e sobreviveu aos disparos, realizados há exatamente um ano.  

Ao cumprir o mandado de busca e apreensão na casa de Alexandre Mota, no mesmo dia, os policiais localizaram caixas contendo munições, silenciadores e peças para 117 fuzis, apreensão que é considerada a maior da história do estado. Diante da descoberta, Alexandre foi preso em flagrante, e também ou a pesar sobre ele e Ronnie o flagrante de posse de arma de fogo de uso . 

Apesar de Alexandre alegar que desconhecia o conteúdo das caixas, e Ronnie confirmar sua versão e confessar que era o proprietário das armas de uso , a Justiça decidiu que não parece crível esse desconhecimento, uma vez que os dois declaram ser amigos há mais de 20 anos, e Alexandre inclusive realizava operações bancárias de Ronnie. Alexandre declara ainda que ofereceu seu nome para que Ronnie registrasse uma lancha e uma vaga na marina de um condomínio de luxo.

A juíza de custódia destacou que o material apreendido é de alto poder destrutivo e que havia fortes indícios de que ele seria ilegalmente comercializado para outras práticas ilícitas. 

No caso de Elcio, os policiais que cumpriram o mandado de prisão pelo caso Marielle encontraram duas pistolas e munição de fuzil dentro de seu guarda-roupa. Também havia munição de fuzil no veículo em que Elcio estava quando foi flagrado ao tentar fugir. Desse modo, houve flagrante por porte de arma de fogo de uso , prisão que foi convertida em preventiva. 

Ronnie Lessa, suspeito do assassinato da vereadora Marielle Franco, é escoltada por um policial quando ele deixa o departamento de homicídios para prestar depoimento na justiça Rio de Janeiro.
Ronnie Lessa, suspeito do assassinato da vereadora Marielle Franco, é escoltada por um policial quando ele deixa o departamento de homicídios para prestar depoimento na justiça Rio de Janeiro. - REUTERS / Lucas Landau /Direitos reservados