Servidores do GDF protestam contra possível cancelamento de reajuste salarial

Em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo local, cartaz diz que Brasília vai parar
Durante ato realizado hoje (11) em frente ao Palácio do Buriti, em Brasília, servidores do Distrito Federal (DF) decretaram estado de greve — um aviso de que podem suspender os trabalhos a qualquer momento. Ao menos 18 categorias compareceram ao ato para se manifestar contra a possibilidade de cancelamento de um reajuste salarial acordado em 2013.
Os manifestantes são contra a ação direta de inconstitucionalidade (Adin) movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra reajustes salariais a funcionários. A medida, aprovada em 2013 pela Câmara Legislativa do DF, na gestão do ex-governador Agnelo Queiroz, está sendo contestada diante da crise financeira por que a o GDF.
Para Marli Rodrigues, do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde), o reajuste não é ilegal. Ela avalia que o problema não é jurídico, e sim político. "Não existe inconstitucionalidade. Queremos que o governo entenda que ele é o governo. Que esse é um problema político [a questão dos salários], e não jurídico. Mas o ele [governo] fica esperando que a Justiça resolva", disse.
A opinião de Marli é compartilhada pelo presidente da Auditoria Fiscal Tributária do Distrito Federal, Adalberto Imbrosio, para quem o Distrito Federal vive "uma falta de gestão". "É preciso trabalhar melhor a estrutura de arrecadação no DF."
Em nota, a assessoria de imprensa do GDF informou que a questão não está nas mãos do governo. "Não há como o GDF intervir na Justiça", diz trecho da nota. O governo local afirmou ainda que tem prestado informações ao Ministério Público, esclarecendo a situação financeira atual. O governo ainda não comentou a possibilidade de greve dos servidores.




