Crianças e adolescentes de Brasília trocam abertura da Copa por tarde no parque

O interesse pela Copa do Mundo não é o mesmo para todos os brasileiros.

Fila grande nos brinquedos
Em Brasília, por exemplo, enquanto milhares de pessoas aproveitaram a folga para acompanhar Brasil x Croácia, primeiro jogo do Mundial, muitos preferiram aproveitar o tempo livre para atividades de lazer que nada têm a ver com o futebol.
No Parque da Cidade, local onde habitualmente a população da capital faz caminhadas, eios ciclísticos e outras atividades recreativas e esportivas, centenas de pessoas aproveitaram a tarde desta quinta-feira (12) para relaxar, praticar exercícios e levar as crianças para brincar no parque de diversões.
Na hora do início do jogo, centenas de pessoas, principalmente jovens e adolescentes de classe média, enfrentavam longas filas para curtir alguns dos brinquedos do parque.
Vestindo camisetas da seleção brasileira, muitos deles juntaram-se às crianças e lotaram o parque de diversões.
Acompanhado de três amigos e usando camisa da seleção, Anderson Silva, de 13 anos, ou mais de 30 minutos na fila de um brinquedo, foi taxativo: “Prefiro brincar aqui no parque do que assistir ao jogo do Brasil”.

Andar de bicicleta é mais divertido que ver o jogo,
diz Matheus Covaletti
Ao lado de um amigo, o ciclista Matheus Covaletti, de 16 anos, dava voltas de bicicleta, sem se preocupar com o placar de Brasil x Croácia. “A gente até gosta de futebol, mas prefere andar de bicicleta. É mais legal e divertido. Minha família ficou em casa para assistir ao jogo”, disse Matheus à Agência Brasil. No Centro de Atendimento ao Turista, os cinco guias estavam a postos para prestar informações, mas, segundo eles, apenas cinco estrangeiros aram por lá e pediram informações sobre o parque e a cidade.
Próximo à sede da istração do Parque da Cidade, quatro jovens na faixa dos 20 anos treinavam novas alegorias circenses. Elas são do grupo circense Coletivo Ambidestro, que se apresenta todo primeiro domingo do mês na feira da Torre de Televisão de Brasília, em manifestação de arte de rua no espetáculo Palco Aberto. Deyse Albuquerque, de 21 anos, que treinava suas amigas para a próxima apresentação, disse que preferia treinar a ver o Brasil jogar.
“Acho que é perder tempo ficar assistindo aos jogos. Tenho mais o que fazer. Acho absurdo o Brasil parar por causa do jogo. O dia de hoje é igual aos outros”, afirmou Deyse.
Na Esplanada dos Ministérios, o fluxo de veículos era muito pequeno na hora da abertura do Mundial. Poucos carros circulavam pelo local, pois, a partir das 12h30, os funcionários públicos que trabalham nos ministérios foram dispensados para assistir em casa, ou nos bares e restaurantes, à cerimônia de abertura e ao primeiro jogo do Mundial.

Artistas Coletivo Ambidestro aproveitam a folga para se exercitar no parque
Outro local que, normalmente, registra grande movimentação no centro de Brasília é o Setor Comercial Sul. Hoje, no entanto, momentos antes das 17h, poucas eram as pessoas que se arriscavam a andar pela área.
Viaturas policiais circulavam pela área para garantir a segurança das pessoas que avam pelo local. O que mais se via na área eram usuários de drogas, principalmente de crack. A polícia aproveitava para revistar os usuários de drogas, que andavam tranquilamente pelo Setor Comercial.
Copa 2014: Acompanhe a cobertura completa da Agência Brasil



