Investimentos criam expectativa de choque de produtividade, diz Levy
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (9), durante o lançamento do Programa de Investimentos em Logística, que novos investimentos poderão ser incluídos nas estratégias do governo para retomar o crescimento do país. Ele destacou que a iniciativa ajuda o setor produtivo a ter expectativa de investimentos e é um choque “positivo na produtividade”.
“Temos uma carteira forte [de investimentos], olhando 20 anos à frente. Vêm de manifestação clara de interesse e demanda do setor privado, mas rapidamente trazem retorno e são reflexos muito significativos. Há uma demanda por melhores estradas e pelo crescimento dos aeroportos. Todos esses investimentos têm uma grande demanda. Os governadores dizem que é preciso para melhorar o setor regional”, enfatizou.

O ministro da Fazenda. Joaquim Levy, diz que o BNDES continuará a ter papel relevante no
financiamento da expansão da infraestrutura no país
Levy destacou que o programa prevê uma nova estrutura de financiamento de longo prazo, incluindo o apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O ministro da Fazenda, no entanto, deixou claro que o banco, como instituição dinâmica, vai se adaptar e se modernizar para financiar o setor produtivo. “A instituição está focada no papel de parceria e atuação com o setor privado, em criar essa arquitetura com o setor privado e com o mercado nacional e internacional. Rodovia, por exemplo, é um estímulo para o mercado de capitais com a emissão de debêntures”, disse ele.
No programa, o BNDES continuará a ter papel relevante no financiamento da expansão de infraestrura. A participação dos bancos e do mercado de capitais será ampliada, com a emissão de debêntures de infraestura para maior o ao financiamento público com Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Os operadores deverão aportar capital próprio, com o desenvolvimento de mecanismo de gestão e mitigação de riscos.
O ministro ressaltou que, a partir de agora, o investidor tem de entrar com o seu próprio capital ou usar os investimentos tradicionais. Citando o setor de rodovias, ele disse que a experiência mostrou que nas concessões no setor de transportes, com a emissão de debêntures, não houve estresse dos investidores. “O novo mercado está preparado para isso. Nesse mecanismo, no caso do investimento tradicional, estará o crédito com a Taxa de Juros de Longo Prazo, mas vamos aplicar estratégia de trazer novas fontes de financiamento para novos projetos.”
No caso dos portos, Levy disse que, se não houver o ao mercado de capitais, o BNDES estará presente. Ele lembrou que, no caso dos aeroportos, a taxa de retorno tem sido muito significativa, com a emissão também de debêntures, com sucesso no mercado doméstico, mas com interesse do mercado internacional, que tem aumentado.
Para as ferrovias, Levy disse que cada “caso é um caso” e que deverá ser avaliado individualmente e dependerá da natureza do negócio.
“A nossa estratégia é muita clara, com uma carteira específica para cada setor. Estamos desenvolvendo mecanismos claros de risco para o investidor. Boa parte da redução a pela redução do risco regulatório. Vamos continuar trabalhando para que o risco total do projeto se reduza. É fundamental que tenhamos mais estabilidade macroeconômica e microeconômica para permitir que os investidores se sintam seguros”, afirmou o ministro.

