Firjan e Fecomércio-RJ defendem mudanças na condução da política econômica
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), de aumentar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, de 12,75% para 13,25% ao ano, foi criticado pelos empresários. No Rio de Janeiro, a Federação das Indústrias do Estado (Firjan) defendeu, por meio de nota, a urgência de profunda alteração na condução da política econômica. Segundo a entidade, o ajuste fiscal deve ser feito pela diminuição dos gastos públicos de natureza corrente, inclusive com regras explícitas que limitem o seu crescimento.
Para a Firjan, “a opção por um ajuste fiscal que prioriza aumento da tributação e corte dos investimentos públicos é nociva ao crescimento de longo prazo, além de agravar a atual conjuntura”. A nota destaca que somente com iniciativas de alteração no rumo da política econômica é que ocorrerá “um real ajuste da postura fiscal, abrindo espaço para um recuo estrutural das taxas de juros e crescimento sustentável da economia brasileira”.
A Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) também critica a decisão do Copom e sugere, em nota, o aprimoramento do gasto público e a oxigenação das engrenagens produtivas como medidas para o enfrentamento eficaz da inflação. A entidade considerou que o BC “lançou mão de mais do mesmo na condução da política monetária” ao elevar, pela quinta vez consecutiva, os juros básicos da economia.
“E nem por isso a inflação tem convergido para o centro da meta do governo, de 4,5%, o que não ocorreu ao longo dos últimos cinco anos”, lembra a Fecomércio na nota. Segundo a entidade, a razão para isso reside no fato de os gargalos responsáveis pelas altas de preços estarem menos relacionados ao consumo do que à ponta da oferta, da produção, e também à baixa eficiência do gasto público.



